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Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

A determinação

Avó Madalena, 28.02.14
Totalmente determinada a fazer o Mestrado em Educação de adultos e Desenvolvimento Local!.
Todos os dias procuro novas formas de divulgar o "Páginas Tantas" de modo a conseguir angariar a verba necessária e a obter mais livros, mais "Gostos". 
Sinto que ter tomado a resolução de voltar a estudar, a lutar pelo que quer reaproximou-me de mim mesma e, melhor ainda, tornou me numa pessoa mais lutadora, mais esperançosa. Sinto o meu filho no futuro olhará para mim, para a minha luta com orgulho, e serei um exemplo para ele na suas lutas. 
Tenho orgulho da minha dedicação, embora sofra cada vez que um livro se vai, mas sei que vai ser lido novamente, folheado e amado. 
Temos de fazer sacrifícios em prol de um amor maior, e aqui agradeço á Rita, que sem saber me motivou com a sua felicidade, o seu desapego. 
Estou determinada a ser feliz, a resolver os meus problemas, encontrando soluções e a encarar a vida com mais garra.
Completamente focada! Assim deve ser no dia a dia, focados, determinados.

A organização

Avó Madalena, 27.02.14
Let all your things have their places. Let each part of your business have is time
Este é um ponto muito difícil na minha vida, desorganizo-me com muita facilidade, a minha mente a saltita do pessoal para o profissional e vice versa em menos de nada. Faltam-me definir as fronteiras e cumpri-las. Sinto por vezes que esta desordem toma conta de mim e sofro quando a mesma afecta os meus colegas de trabalho... mas a minha mente não pára quieta e eu esqueço me de tomar notas (ou quando o faço ficam incompletas)... Parece mais uma salada russa que uma vida. 
Esforço-me diariamente por melhorar, treino o sistema fly, mas mesmo assim dissipo-me. Esta desordem mental causa-me imensos transtornos diários, uma hiperactividade anárquica que me controla descontrolando.
Fico feliz por me ter colocado neste desafio, permite reconhecer as minhas lacunas e trabalha-las diariamente. 

O silêncio

Avó Madalena, 26.02.14
2ª virtude segundo B. F. - dificil de concretizar. Tenho tendência a falar pelos cotovelos e coisas sem jeito, poluição sonora. Quando 2 ou mais pessoas estão juntas tendem a falar, para quebrar os silêncios que se instalam e são muitas vezes incomodativos. Acontece que esses silêncios devem ser promovidos. Falar só por falar incómoda, acabamos por dizer barbaridades e futilidades.
Outra características que tenho é interromper as pessoas, quand dou por mim, já estou a falar. Tenho a sorte de ter no meu circulo de amigo alguém já educado para estes momentos de silencio, uma amiga que ouve e respeita a vez de cada um e eu, tenho de aprender com a Margarida a ter essa calma, esse respeito pelo outro. Para de interromper, para de falar só porque  o silencio me perturba.
Ontem consegui controlar um pouco isso, treinar mais a audição, provocar mais silêncios.
A treinar mais!

Plano semanal 23 a 28 de Fevereiro

Avó Madalena, 24.02.14
Tinha mesmo de ser a sala esta semana? A minha está caótica, a mesa parece uma zona de guerra com tanto livro, post it, tesouras....
Esta semana tenho de colocar os livros em ordem e libertar este hotspot explosivo.
2ª feira - limpar os sofás (por debaixo dos almofadões: migalhas, lápis de cor, berlindes, peúgas... aparece de tudo)
3ª feira - limpar o pó 
4ª feira - aspirar
5ª feira - limpar as paredes
6ª feira - passar a esfregona

Temperança

Avó Madalena, 24.02.14
temperança (em latim: temperantia),significa equilibrar, colocar sob limites "moderar a atracção dos prazeres, assegurar o domínio da vontade sobre os  instintose proporcionar o equilíbrio uso dos bens criados
Pratiquei a temperança! Comecei na sexta feira - não bebi o meu habitual chocolate quente e como fui jantar fora, conseguir ceder às tentações do shopping: comi uma sopa de legumes. No sábado tomei o pequeno almoço em casa e consegui reduzir os cafés para 2 (diário), nada de bolos e bolinhos e excluindo o atum da omelete ao almoço, nada de proteína animal.
O domingo foi difícil: encontrei me com uma amiga numa pastelaria e a tentação era demais, mas ainda assim, não cedi. Mais um dia sem carne ou peixe, reduzi o café para 1. Isto na alimentação. Não fui a nenhum centro comercial durante o fim de semana, não comprei nada, não me deixei stressar (muito) com fatores externos e acho que fui comedida em quase todas as minhas acções.
Esta moderação é para manter.
O passo seguinte proposto por Benjamim Franklin é o silêncio... este vai ser dificil, desde qe me tornei fala barato que não fecho a matraca. Vamos ver como corre.
Speak not but what may benefit others our yourself, avoid trifling conversation

Qualidade de vida

Avó Madalena, 21.02.14
Quem me conhece sabe que nunca fui pessoa de me contentar com a vida, sempre procurei mais sem saber ao certo o que procurava. Sentia me sempre deslocada, ansiosa, incompleta.  Felizmente de há uns meses para cá tenho descoberto o que procurava, o que realmente me satisfaz: o nada. 
Procurei e tentei o tudo, o acumular de objectos como forma de me sentir segura, de modo a nunca esquecer as memorias, as pessoas. Procurei no lado errado, porque agora descobri que o que realmente me faz feliz é a liberdade, o espaço amplo, o vazio. Cada vez mais agora a simplicidade das coisas, a terra, o ar, o sol, cada vez mais me sinto grata pela oportunidade de poder presenciar as coisas belas da vida, o sorriso do meu filho, a voz de um amigo do outro lado do telemóvel, a leitura de um bom livro, o sabor de um vinho tinto alentejano.
Procuro-me agora dentro de ti através da yoga, do doce fare nient.
Cada vez que leio um post da Rita https://www.facebook.com/pages/The-Busy-Woman-and-the-Stripy-Cat/241010695945412 o meu coração pula, a minha pele irraça: é isto que quero para mim, uma vida minimalista, uma alma organizada, determinada e tranquila. Esta é a minha missão.
Hoje sinto me grata por descobrir o meu caminho e como o trilhar, hoje sou melhor que ontem e amanha serei melhor que hoje.

Criar o hábito de andar descalço

Avó Madalena, 20.02.14
Gostava de abolir os tapetes cá em casa. 
Gostava de poder andar descalça! Que começássemos o hábito de chegar a casa, deixar os sapatos na entrada da porta e andássemos descalços.
Infelizmente de inverno parece me difícil incutir esta prática, o chão é azulejo e torna se frio. De verão, como temos quintal é um grande fora e dentro, ainda assim parece-me uma excelente ideia e uma boa prática. 
A casa ficava mais limpa, sem as areias e o pó que vem da rua . Sem falar no conforto que é andar descalço, com os pés livres! 
Para já, vou começar por tentar mudar de calçado quando se entra em casa, enfiar uns chinelos ou uns sapatos de interior.. pouco a pouco, lentamente, quase dem darem por isso, pode ser que consiga.

Plano semanal de 16 a 22 de fevereiro

Avó Madalena, 20.02.14

O sol apareceu e com ele o estendal encheu se de roupa, as janelas abriram, tapetes e cobertores foram a arejar! O sol deu o seu ar de graça e o meu estado de espírito mudou logo (aleluia! jão não me aguentava!!)

Esta semana o foco vai para o quarto principal (transformado numa zona de guerra pelo cesto de roupa a engomar).

Para começar fazer um declutter ("destralhar") durante 15 minutos. Depois atacar o mostro de roupa que está em cima da cadeira: por para lavar o que precisa, arrumar no guarda roupa as restantes peças). Para 4ª feira fica a mesa de cabeceira - tapada com tanto livro).

Na 5ª feira limpar a mesa de estudo. Para terminar em beleza, 6ª feira é dia para fazer a cama com roupa lavada, sacudir os tapetes, varrer o chão e depois passar com a esfregona.

Passatempo

Avó Madalena, 20.02.14

A Ana Luisa está a participar num passatempo da Flames em parceria com a Chiado Editora. Participem, digam que foram convidados por ela e ajudem-na a ganhar 1 livro para o Páginas tantas.

O link do passatempo: http://flamesmr.blogspot.pt/2014/02/passatempo-93-passatempo-do-flames.html

O link do Páginas Tantas: http://paginastantas.blogs.sapo.pt/

Não sejam tímidos, a Ana precisa de todos nós

...

Avó Madalena, 16.02.14
Durante anos 2 gerações de mulheres da minha família guardaram um segredo... um segredo tenebroso, doente e demasiado negro para ser revelado em voz alta. As mulheres que o partilham não o comentam entre elas, tentando enterra-lo nas catacumbas mais fundas da memória. 
Hoje uma delas não suportando mais a pressão e o peso do segredo, deixou cair as amarras e contou-mo, achando que estaria a aliviar a sua alma e que falando com alguém o peso seria menor... 
O meu mundo caiu... é suposto ficar calada, impávida e serena como se não tivesse aberto um rasgo no meu coração e na minha alma, hoje parti por dentro e não sei se terei forças para ficar no silencio. Não o entendo... não o suporto...
Sei que nunca mais serei a Ana de antes o desabafo, nunca mais serei a mesma, ... o meu mundo parou ali e eu só queria ter poderes para voltar o tempo 30 segundos atrás e não atender o telemóvel... fingir que  não ouvi o chorar desesperado do outro lado da linha...
O segredo agora inquieta 3 gerações de mulheres ... nada será igual... estamos todas presas neste silêncio, nesta solidão em que nem sequer podemos procurar apoio no colo umas das outras.
Serei capaz de perpetuar este segredo, com o qual não concordo, que nunca deveria ter existido... alguém achou por bem silenciar e embora eu até posso entender nunca irei concordar, nunca irei perdoar, nunca irei esquecer.
Não me cabe a mim quebrar estas amarras... mas o peso deste segredo foi um golpe demasiado pesado. Nunca me deveriam ter envolvido, nunca deveriam ter desabafado comigo e agora não posso voltar atrás, não posso não saber e tal como elas também eu serei atormentada por um silêncio e uma dor que dilacera o meu coração.
Só posso pedir perdão, sabendo que nunca serei perdoada, mas na verdade este silêncio não merece perdão, torna-me tão culpada e vitima dele como elas o têm sido ao longo de todos estes anos.
Que Deus e os Homens me perdoem, porque eu nunca serei capaz de o fazer

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