Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

Quase de volta

Avó Madalena, 30.06.15

As aulas terminaram, faltam entregar 4 trabalhos e depois e recuperar as noites mal dormidas e dão uma banho de limpeza na casa.

Chegou o verão e ainda não fiz as limpezas da estação, nem troquei as roupas, tapetes e cortinados.

Untitled-1.jpg

 

Tem sido uma correria, mas tem corrido bem, até agora fiz todas as cadeiras!!!!

Mais 2 semanas e tento voltar à rotina pré aulas (não consigo fazer rotinas nem novas nem velhas nos últimos meses, fui muito desorganizada, procrastinei, enfim...), às caminhadas, às leituras. 

 

 

...

Avó Madalena, 04.06.15

Tomar decisões é um processo difícil ainda mais quando envolve outras pessoas.. queremos colocar um ponto final e retomar o caminho

f7d9ff258e86b2bf8a71ed684e5141fc1.jpg

 

de outra forma, sozinhos.  Optar por 2 caminhos é penoso mas mais penoso ainda é decidires um e depois, mesmo sabendo que é aquele tens medo de seguir em frente, de o defenderes e percorreres.

Não posso mentir mais, confesso que muitas vezes que tinha pensado que um dia este dia chegaria, mas acho que sempre fui adiando e fingindo que não não haveria necessidade de mudança.

Hoje sinto que sei que o caminho é outro, mas não sei como o percorrer sozinha, não sei o que irei encontrar do outro lado, se conseguirei fazer  o percurso sem me arrepender... sinto apenas que este já não é o caminho para mim, esta vida já não é a minha, estas pegadas que deixo na areia não são deste corpo, mas resultado de uma história que fui deixando que escrevessem por mim.

Esta é uma luta difícil, entre mim e eu, entre  que está correcto e o que me fará feliz. Sinto que está na altura de me sentar e começar  a retirar estes fios do emaranhamento em que estão, fio a fio, um a um calmamente, sem tropeções, sem incertezas.

Sinto que sei o que quero e sei o que não quero, mas sinto também o medo e a dor ... se salto para a outra rua como faço depois? Como funciona? Como vai ser? 

Ainda que esteja numa situação desagradável, acabei por me habituar e é assim que sei viver... suponho que seja um pouco o Síndrome de Estocolmo... ficas refém de ti mesma, do teu sofrimento. Estás acomodada na tua caverna e vez no fundo a luz que entra mas tens medo de a seguir, de lhe tocar.