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Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

Até já

Avó Madalena, 24.02.16

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Para muitas pessoas os animais de companhia são adornos que se tem em casa porque sim.. para mim são família, um outro membro que tenho o privilegio partilhar as minha casa e um pouco do meu dia a dia.

Hoje surpreendes-te..... cheguei a casa e a tua casa estava vazia, habitada apenas pelo teu corpo mole e gelado. Abandonas-te-me no momento que menos esperei, quando estava convencida que o perigo tinha passado e que as próximas gerações teriam o prazer de conviver contigo, de conhecer a tua história. 

Ainda hoje procurei por casas para ti, para melhorar o teu cantinho: mais pedras, umas escadinhas... mas na verdade aquele nunca seria o teu cantinho pois não? Nasceste livre, deverias ter permanecido assim, mas quando te resgatei pensei que era o melhor para ti... hoje perdi-te.... e sinto a culpa e o remorso pisarem minha alma e o meu coração. Alguma vez me perdoarás?

Olha para ti, na esperança de ter ver mover... abano a carapaça mas tu não reages, já não estás ai.... sofro por mim, sofro por ti.... e penso seriamente que não posso ter animais, afeiçoo me demais e acabo sempre por ver uma parte de mim partir...

O meu Xavier, partiu e mais um bocadinho de mim partiu com ele...

Menos é mais

Avó Madalena, 19.02.16

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Cada dia que passa sinto-me mais empenhar em destralhar, destralhar e destralhar!

Sinto tanta liberdade quando destralho coisas de casa que já apliquei o mesmo sistema no emprego: destralho papel, amostras, tralhas que se acumulam pelas gavetas e armários.

Minimizar artigos, agendas e principalmente o meu modo de vida é um dos objectivos principais para este ano. 

Tenho menos roupa, menos livros, menos compromissos sociais, menos relações tóxicas. Em resumo tenho menos lixo e mais qualidade de vida.

A amplitude que se vai estabelecimento está neste momento a ser a bóia que tanto necessito para ultrapassar esta fase menos boa. As crises posem menos tornar-se motores de boas mudanças, de amadurecimento pessoal.

Evito ter coisas que não goste profundamente, ou assumir compromissos que não me façam feliz. Pretendo no futuro assumir-me como minimalista e embora o caminho seja ainda longo, sei que este é o meu caminho.

Under Pressure

Avó Madalena, 15.02.16

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 Esta casa anda um caos nos últimos tempos: o trabalho no condomínio que me stressa, com o medo de me enganar nos mapas e nas contas, a tese que chegou a um beco sem saída e não se escreve sozinha, a casa que não se vende, o divórcio que não sai, o ordenado que chega a conta gotas.... estou no limite das minhas forças e daqui a nada isto explode.

Tento organizar-me mas não consigo, só me apetece dormir, desligar o telemóvel e mandar tudo para as urtigas. Preciso estabelecer as minhas prioridades e trabalhar aquelas em relação a elas:

- a minha sanidade mental

- a segurança do meu mini

- o trabalho bem feito e com o mínimo de falhas possíveis (a semana passada esqueci pagar a luz e ficamos sem electricidade nos elevadores)

- retomar ou desistir da tese de uma vez por todas (já perdi novamente o entusiasmo pelas temáticas que escolhi)

Todo o resto será eliminado... custa, mas já não consigo contribuir de forma positiva aos compromissos que tenho e alguma coisa terá de ser delegada e deixada para trás para não me prejudicar nem a mim nem ao trabalho dos outros. Pondero mesmo deixar os part time para trás (preciso do dinheiro, mas o meu cérebro precisa de descanso). 

Dar este passo é assumir uma derrota... admitir que não sou capaz de fazer determinadas tarefas... mas antes sair do barco agora do que afunda-lo comigo.

As únicas coisas que me têm "acalmado" tem sido o crochet e o declutter. Nunca pensei que queimar papel e passado tivesse um efeito tão libertador! Enquanto tudo aquilo ardia e sentia-me a ficar mais leve, mais solta. E é disso mesmo que preciso, de me reencontrar e libertar desta pressão, desta imagem de que sou polivalente. 

Os ataques de panico voltaram, a ansiedade é constante e eu não sou de ferro...

Organizar documentos - 1

Avó Madalena, 11.02.16

 

transferir.jpgOntem decidi dar uma vista de olhos nos meus dossier da casa. Neles guarda todas as informações de pagamentos de coisas da casa (água, luz, internet),  documentação dos veículos (seguros, selos, reparações), enfim, pastas e pastas e papelada.

Tenho um armário cheio de pastas que me incomodam a nível visual e de espaço. Mas será que preciso mesmo de guardar toda aquela documentação??

Liguei para a divisão da Câmara Municipal da minha localidade e informaram-me que tenho de guardar as faturas durante 8 anos? Será que esta informação é mesmo verdadeira? Tenho de arquivar mais tempo que os documentos do IRS??

A minha contabilista aconselha a guardar por 6 meses (máximo 1 ano) e é por ela que me vou seguir.

Tarefa para hoje será declutter de faturas da água, luz e internet.

Vou ponderar adquirir um destruidor de papel... 

 

A semana 7 chegou!

Avó Madalena, 08.02.16

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 Mais uma semana para continuar com as rotinas, os planos, os inventários e os declutter!. Agora gosto de inícios de semana: as folhas da agenda limpas, os planos, as oportunidades que podem surgir!

Em casa vamos dedicar o foco na cozinha (limpar e organizar), aproveitar para fazer inventário de loiças, têxteis e electrodomésticos.

Será uma semana atípica, com a 3ª feira de carnaval a marcar o compasso de um dia de férias a gozar: quero aproveitar as amigas, as conversas. 

Pretendo retomar (finalmente) a pesquisa para a tese (deixar fechado numa gaveta com desculpa esfarrapadas). 

Uma nova semana! Cheia de oportunidades e sonhos! Uma semana inteirinha para viver!

Se mudei nos últimos sim? Sim mudei, amadureci, cresci e apaixonei-me pela vida. Voltei a ter prazer em viver sem vergonha ou medo. 

Estou mais feliz e com mais disponibilidade para aproveitar essa felicidade. Apetece-me contar e dançar. Recuperar o tempo. Viver.

Tenho mais prazer nas coisas que faço. Sinto-me mais livre, mais independente e acima de tudo mais forte. Redescobri-me e isso é o melhor que pode acontecer. 

Afinal o velho ditado é verdadeiro: o que não te mata, torna-te mais forte!

 

O prazer de viver

Avó Madalena, 04.02.16

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Quando o coração está tranquilo tudo flui mais levemente. Até as tarefas domesticas são mais prazerosas

Ontem foi dia de lavar o fogão e eu fi-lo de sorriso na cara, no coração e na alma. Fi-lo com um prazer que já não me lembrava que fosse possível. E para tal não precisei de grandes energias ou forças. O passado está enterrado e eu sinto-me tranquila e livre para me apaixonar novamente.

Apaixonada pela vida, pelo trabalho, pelas limpezas e organizações e pela ilusão do unicórnio. Apaixonada por esta tranquilidade que me empurra para a organização e limpeza e me obriga a fazer um declutter na vida ao mesmo tempo que liberto as gavetas de tralhas.

Sinto-me tranquila, pronta para o que vier amanha, de braços abertos para a vida nova que terei, sinto que esta nova viragem veio para melhor, para muito melhor. 

A etapa e tarefa que tinha terminou e agora é tempo de uma nova etapa, novos sonhos, novos objectivos, novos amores.

Na minha nova etapa vão apenas as coisas que amo, as tralhas sentimentais e decorativas ficam para trás e eu não choro pelo que deixo ficar, choro e rio pelo que tive e vivi e que me ensinou a ser o que sou. Tanto sofrimento fez me crescer e amadurecer de tal modo que o próximo amor será pautado de uma outra tranquilidade, com outros passos, outros erros. Será com certeza uma relação mais ponderada longe das loucuras dos 22 anos.

Agora, aos 36 anos, mais madura, mais vivida, mais sofrida, ainda acredito num amor para sempre, num unicórnio que me complete. E eu estou melhor preparada para o receber, para o retribuir. E se ele não vier, é porque não teve de ser e para isso mesmo existem os unicórnios, para colmatar essas lacunas do destino.

Nesta fase, sinto-me abençoada e liberta, sei agora, que o melhor está para vir e que a situação em que me encontrava não permitia que eu evoluísse como ser humano, como luz. Agora estou preparada e consciente para deixar tudo o que vier.

Arrumo ao casa e arrumo a vida. Organizo sentimentos e gavetas e sinto-me feliz!

Espero-te

Avó Madalena, 03.02.16

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Esperei por ti mas tu não vieste...

O teu lado da cama permanece vazio ... assombrado pela ideia de nunca te conhecer, de nunca te tocar... 

Quando fecho os olhos, juro que sinto a tua respiração no meu pescoço, a barba a acariciar a pele, o olhar despertar um fogo que julguei ter extinto..

Sabes que sonho contigo? Sentes a minha presença nas noites frias? Sentes a minha mão a percorrer o teu corpo? Sentes-me a minha presença como eu te sinto a ti? Tão real que mete medo

A imagem de ti entranhou-se na minha mente e agora, persigo as lembranças, percorro as ruas na esperança de te rever... onde andas? 

O meu unicórnio

Avó Madalena, 02.02.16

 288281.jpgApaixonei-me por um unicórnio!!

A imagem dele, o abraço aquecem as minhas noites e o meu coração. Com ele posso ser feliz, sinto que me completa, que me entende e protege. Sinto que eu sou a força que lhe falta, a razão que precisa para sorrir.

A minha alma gémea é um unicórnio!

Infelizmente ele não sabe que eu existo, mas para mim somos um só, duas parte separadas de uma mesma unidade. 

No meu mundo rosa o meu unicórnio preto é a "tal" a parte de mim que foi arrancada e que me procura como eu a ele. 

Somos felizes no nosso mundo, comigo ele é feliz e amado, sente-se completo, tem um razão para viver.... adoro o meu unicórnio! 

Preciso de lhe dizer que não está sozinho, eu estou aqui, do outro lado..

Desde que o reconheci que me invade a mente e o coração, sinto o calor do seu abraço, o doce do seu beijo, as suas mãos a acariciarem a minha pele, o olhar que me envolve... 

Adoro o meu unicórnio!