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Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

Controlar o caos

Avó Madalena, 17.10.16

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Hoje enquanto me debruçava no possível menu semanal percebi que não faço a mínima ideia do que tenho em stock... usando todas as desculpas do mundo, não tenho feito esta pequena tarefa que me ajuda todas as semanas na hora de fazer os menus e as compras.... e a prova desta desorganização é que no mês passado fui uma frequentadora assídua do take away....

Com a agenda bastante preenchida e o tempo mal gerido... tive de recorrer por diversas vezes a este serviço encantador, mas caro (um exemplo: pedi uma salada para acompanhar um prato... uma  mini taça com alface, cenoura e cebola (que nem gosto) e paguei 1,50€... fui para casa a pensar na quantidade de alface que eu poderia comprar se tivesse perdido 5 minutos a ver o que tinha no frigorífico....

Outro aspecto a reter é o fato de que, embora não tenha tempo para fazer o jantar em certos dias (já chego a casa depois das 20h), posso perfeitamente adiantar o jantar do dia seguinte ... (a preguiça e o esquecimento têm falado mais alto). Ainda hoje tive de ir a casa na hora de almoço, passar no take away (outra vez) e levar almoço para  o herdeiro porque ontem estava tão cansada que não verifiquei a agenda nem o frigorífico... conclusão, 12km extra a gastar gasóleo e 6€ pela dose de almoço (que por acaso o mini gajo adorou).

Definitivamente tenho de me controlar, tenho de me sentir, respirar fundo e voltar a tomar as rédeas da minha vida doméstica.... ou anda vou à falência!!!

Outro pecado que estou a cometer com todo este desleixo é a quantidade gigante de caixas, caixinhas e sacos que estou a usar... estou a produzir demasiado lixo... para quem, apregoa aos 7 ventos a necessidade de pensar e agir em prol da sustentabilidade do planeta.. estou a comer um belo trabalho no sentido oposto....

Vou ter de me redimir e com urgência!

Irmãs de outra mãe

Avó Madalena, 13.10.16

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Um dia em que o alinhamento dos astros estava em desalinho, conhecemos-nos virtualmente, sabendo apenas que em comum tinha o gosto pelo ponto cruz e que ambas éramos ruivas (factor muito importante e decisivo). Fomos entrando suavemente na vida uma da outra, com lágrimas, com sorrisos, com a totalidade dos nossos seres. 

Reconheci-te como a irmã que não tinha a mãe em comum.

Por situações do destino afastamos-nos... deixamos de ter conversas telefónicas que chegavam a durar toda a manhã ou toda a tarde.... mas o sentimento não esfriou, continuo a ter em mim a minha irmã e as saudades são tão fortes que chega a doer. Tenho saudades tuas, das conversas sem destino, dos assuntos se pés nem cabeça, de ligar apenas para chorar ou para partilhar uma macacada.

Hoje pensei em ti com mais força ... e marquei o teu número... do outro lado a tua voz, a tua presença e sorri para ti

Foi como se a ultima vez que tivéssemos falado tivesse sido ontem... e apercebi-me que as saudades são ainda maiores do que quis acreditar.

Estou aqui para ti, hoje e sempre, como sei que também o estás para mim.

Somos as 2 guerreiras e sobreviventes. Somos irmãs de outra mãe, mas isso não nos impede de sermos quem somos.

Adoro-te e lamento ter sumido durante uns tempos, lamento não ter secado as tuas lágrimas nos últimos meses, lamento não ter partilhados os sorrisos e risos de ontem.... Mas hoje estou aqui, a tua irmã, a tua amiga. E não vou a lado algum.

Adorei te ontem, adoro te hoje e vou adorar-te amanha!