Cuidar de mim
Avó Madalena, 22.06.14
Sempre me orgulhei de ser simples, de não gostar cá de cremes nem de maquilhagem, eu sou eu e pronto. Sem tempo nem paciência para essas "pandeleirices"
Mas um dia acordas, tens 35 anos, rugas de expressão, pele sensivel e desidratada, cabelo espigado, estreias, celulite e uma depressão.
Olho ao espelho e não goste do que vejo, nas revistas, na televisão, nos blogues, falam de produtos e técnicas que desconheço que sei me recusei a pactuar com a indústria cosmética e sempre achei que o natural é que era verdadeiro.
Hoje acho o contrário.
tomei um mini banho de emersão sem culpas ou remorsos (confesso que a questão de gastar muita água mexeu comigo, mas reservei-a para lavar o chão amanha), usei o meu melhor champô e amaciador da Tresemmé, fiz uma esfoliação à cara. Li 2 crónicas de Inês Pedrosa.
Sai da banheira sem pressa e sem pressa sequei-me (sem ser o esfrega esfrega da toalha) passei um hidratante Vasenol, uma água de rosas na cara e um creme para as pontas espigadas da Pantene. Sim, embonequei-me para ir dormir.
Mas estive feliz, foi um momento emtre me, myself and I. Cuidar do corpo também é cuidar da mente, é dizer à nossa alma que a amamos e estimamos. É estar comigo e amar-me.
Se o meu corpo é temporário e transitório há que cuidar dele com amor, com carinho e atenção. Sentir a pele e sentir prazer na pele.
Hoje acho que cuidar assim de mim não é um acto de futilidade, é um acto de amor.
E eu mereço amar-me.
É uma excelente forma de relaxar e acordar amanha cheia de força e fé para me ajudarem em mais uma semana difícil de trabalho e correria.
Hoje adormeço grata por ter a oportunidade de cuidar de mim