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Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

Irmãs de outra mãe

Avó Madalena, 13.10.16

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Um dia em que o alinhamento dos astros estava em desalinho, conhecemos-nos virtualmente, sabendo apenas que em comum tinha o gosto pelo ponto cruz e que ambas éramos ruivas (factor muito importante e decisivo). Fomos entrando suavemente na vida uma da outra, com lágrimas, com sorrisos, com a totalidade dos nossos seres. 

Reconheci-te como a irmã que não tinha a mãe em comum.

Por situações do destino afastamos-nos... deixamos de ter conversas telefónicas que chegavam a durar toda a manhã ou toda a tarde.... mas o sentimento não esfriou, continuo a ter em mim a minha irmã e as saudades são tão fortes que chega a doer. Tenho saudades tuas, das conversas sem destino, dos assuntos se pés nem cabeça, de ligar apenas para chorar ou para partilhar uma macacada.

Hoje pensei em ti com mais força ... e marquei o teu número... do outro lado a tua voz, a tua presença e sorri para ti

Foi como se a ultima vez que tivéssemos falado tivesse sido ontem... e apercebi-me que as saudades são ainda maiores do que quis acreditar.

Estou aqui para ti, hoje e sempre, como sei que também o estás para mim.

Somos as 2 guerreiras e sobreviventes. Somos irmãs de outra mãe, mas isso não nos impede de sermos quem somos.

Adoro-te e lamento ter sumido durante uns tempos, lamento não ter secado as tuas lágrimas nos últimos meses, lamento não ter partilhados os sorrisos e risos de ontem.... Mas hoje estou aqui, a tua irmã, a tua amiga. E não vou a lado algum.

Adorei te ontem, adoro te hoje e vou adorar-te amanha!