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Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

Retomar

Avó Madalena, 28.04.17

Acabei a tese!!! 

E a minha vida não vais mais ser a mesma!  

Este fim de semana prolongado vou aproveitar para dormir, fazer uma limpeza profunda na casa, ler que nem uma desalmada, fazer crochet, preparar os menus, fazer compras e vegetar no sofá. Nada de fotocópias, emails, powerpoint, stress ou pressão académica.

Este fim de semana volta a ser só uma dona de casa, mãe e empregada a tempo inteiro.

O mestrado foi um objectivo cumprido, uma prova superada, um sonho alcançado!  Agora, vou desfrutar um bocadinho o alivio da agenda, pensar na pós graduação e em mim. As rotinas vão voltar!

Fui vegetar! Mas volto em breve para retomar o FLY!

As janelas da alma

Avó Madalena, 27.03.17

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 As vidas e os sentimentos são como as casas. Devem ser limpos, organizados e arejados.

De vez quando quando deve ser feita uma "limpeza" de primavera profunda: deitar fora os sentimentos e memórias que não causam mal, fazer um declutter do que julgavas ser uma amizada, perceber se devemos ter as janelas da alma sempre abertas ou, se simplesmente devemos colocar um leve cortinado, que deixe passar luz, mas não os olhares indiscretos de quem passa.

Tentas ser uma janela de vidro transparente, mas com o tempo vais percebendo que essa transparência pode ser perniciosa e usada como arma contra ti. O vizinho vai chegando devagarinho, e tu sorris  de dentro de casa,   deixando que espreite.. até ao dia em que deixas a janela aberta e o mesmo vizinho se aproxima, coloca as mãos nos vidros só para os sujar e deixar marca das dedadas...

Essa é a vida, uma janela aberta, de vidros limpos e brilhantes, mas demasiado próxima e desprotegida de quem passa (imagina-a n um res do chão de uma rua movimentada).

Tal como proteges a casa deves proteger os teus sentimentos, fecha a janela, coloca uns cortinados bonitos mas opacos, e se mesmo assim não te sentires segura nada como um bonito gradeamento.

Back to reality!!

Avó Madalena, 17.11.16

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Ui como o tempo passa sem nos apercebermos... Aqui estou eu a poucas semanas do natal e com tudo pendente.... impressão minha ou a ano passou a correr, sem grandes mudanças?

As minhas expectativas ficaram todas desfraldadas... os  objectivos são migrar para 2017.. 

Mas agora não há nada a fazer, resta-me aproveitar as ultimas semanas de 2016 que faltam para minimizar e reduzir os estragos

Irmãs de outra mãe

Avó Madalena, 13.10.16

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Um dia em que o alinhamento dos astros estava em desalinho, conhecemos-nos virtualmente, sabendo apenas que em comum tinha o gosto pelo ponto cruz e que ambas éramos ruivas (factor muito importante e decisivo). Fomos entrando suavemente na vida uma da outra, com lágrimas, com sorrisos, com a totalidade dos nossos seres. 

Reconheci-te como a irmã que não tinha a mãe em comum.

Por situações do destino afastamos-nos... deixamos de ter conversas telefónicas que chegavam a durar toda a manhã ou toda a tarde.... mas o sentimento não esfriou, continuo a ter em mim a minha irmã e as saudades são tão fortes que chega a doer. Tenho saudades tuas, das conversas sem destino, dos assuntos se pés nem cabeça, de ligar apenas para chorar ou para partilhar uma macacada.

Hoje pensei em ti com mais força ... e marquei o teu número... do outro lado a tua voz, a tua presença e sorri para ti

Foi como se a ultima vez que tivéssemos falado tivesse sido ontem... e apercebi-me que as saudades são ainda maiores do que quis acreditar.

Estou aqui para ti, hoje e sempre, como sei que também o estás para mim.

Somos as 2 guerreiras e sobreviventes. Somos irmãs de outra mãe, mas isso não nos impede de sermos quem somos.

Adoro-te e lamento ter sumido durante uns tempos, lamento não ter secado as tuas lágrimas nos últimos meses, lamento não ter partilhados os sorrisos e risos de ontem.... Mas hoje estou aqui, a tua irmã, a tua amiga. E não vou a lado algum.

Adorei te ontem, adoro te hoje e vou adorar-te amanha! 

Meu querido mês de Agosto...

Avó Madalena, 18.08.16

Não sou propriamente fã de Agosto: o calor, as filas de transito, a falta de estacionamento, as filas no tumblr_mqukhbSChD1ry9qzvo1_500.gifsupermercado, as

filas no café, as praias cheias, o cansaço acumulado dos últimos 8 meses.... Definitivamente não sou fá de Agosto.

Este ano Agosto pesa um pouco mais: o trabalho no emprego, no part time e no outro part time, a tese que não ata nem desata, a falta de energia e o cansaço, o mês que comemorava o aniversário de casamento e agora "comemoro" o de divorcio... Os últimos 18 dias têm sido difíceis ... perco-me no sofá e não consigo ser produtiva, o tempo passa e eu não ligo o computador nem escrevo a tese que se arrasta ... sinto-me desfalecer, e embora saiba que não posso desistir, a verdade é que o tenho feito, mas chamando-lhe cansaço, procrastinação, falta de inspiração.... 

Preciso descansar com urgência, preciso desligar o modo agitado em que ando e dormir durante uns dias, preciso tomar um suplemento para o cérebro e outro para o corpo... Preciso de tanta coisa que preciso de não precisar de nada....

Hello Março!

Avó Madalena, 02.03.16

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 Março já chegou e eu percebo que 2 meses do ano já foram ao ar e os meus objectivos estão apenas no papel (será que podemos finguir que o ano começa hoje)... este deixa arrastar já chateia, mas tem sido mais forte que eu...

O cansaço, o stress, estou sem foco, sem ancora... a tese continua pendurada, a casa esquecida e os erros no trabalho tem sido uns atrás de outros, tudo por falta de concentração e foco... a verdade é que tenho tanto para fazer, tendo fazer tudo, faço tudo a correr e no fim nada ficou bem feito ou concluído.

Preciso urgentemente de me empenhar, por isso este mês é para destralhar a agenda e a mente, mente (mal) ocupada é um obstaculo para a evolução positiva das outras coisas e uma coisa é certa: ou atino e começo a trabalhar melhor ou ainda sou despedida do part time, tanto erro é sinal de desleixo, nada profissional...

Sinto a mente tão cheia (nem sei bem de quê, é uma confusão, um burburinho que já não consigo distinguir). Tenho de meditar, relaxar, caminhar... qualquer coisa desde que comece a libertar a mente e a voltar a ter prazer e orgulho nas coisas que faço.

Março vai ser um mês com um muito trabalho de redor do meu eu e da minha mente.

Let´s go!

Menos é mais

Avó Madalena, 19.02.16

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Cada dia que passa sinto-me mais empenhar em destralhar, destralhar e destralhar!

Sinto tanta liberdade quando destralho coisas de casa que já apliquei o mesmo sistema no emprego: destralho papel, amostras, tralhas que se acumulam pelas gavetas e armários.

Minimizar artigos, agendas e principalmente o meu modo de vida é um dos objectivos principais para este ano. 

Tenho menos roupa, menos livros, menos compromissos sociais, menos relações tóxicas. Em resumo tenho menos lixo e mais qualidade de vida.

A amplitude que se vai estabelecimento está neste momento a ser a bóia que tanto necessito para ultrapassar esta fase menos boa. As crises posem menos tornar-se motores de boas mudanças, de amadurecimento pessoal.

Evito ter coisas que não goste profundamente, ou assumir compromissos que não me façam feliz. Pretendo no futuro assumir-me como minimalista e embora o caminho seja ainda longo, sei que este é o meu caminho.

Under Pressure

Avó Madalena, 15.02.16

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 Esta casa anda um caos nos últimos tempos: o trabalho no condomínio que me stressa, com o medo de me enganar nos mapas e nas contas, a tese que chegou a um beco sem saída e não se escreve sozinha, a casa que não se vende, o divórcio que não sai, o ordenado que chega a conta gotas.... estou no limite das minhas forças e daqui a nada isto explode.

Tento organizar-me mas não consigo, só me apetece dormir, desligar o telemóvel e mandar tudo para as urtigas. Preciso estabelecer as minhas prioridades e trabalhar aquelas em relação a elas:

- a minha sanidade mental

- a segurança do meu mini

- o trabalho bem feito e com o mínimo de falhas possíveis (a semana passada esqueci pagar a luz e ficamos sem electricidade nos elevadores)

- retomar ou desistir da tese de uma vez por todas (já perdi novamente o entusiasmo pelas temáticas que escolhi)

Todo o resto será eliminado... custa, mas já não consigo contribuir de forma positiva aos compromissos que tenho e alguma coisa terá de ser delegada e deixada para trás para não me prejudicar nem a mim nem ao trabalho dos outros. Pondero mesmo deixar os part time para trás (preciso do dinheiro, mas o meu cérebro precisa de descanso). 

Dar este passo é assumir uma derrota... admitir que não sou capaz de fazer determinadas tarefas... mas antes sair do barco agora do que afunda-lo comigo.

As únicas coisas que me têm "acalmado" tem sido o crochet e o declutter. Nunca pensei que queimar papel e passado tivesse um efeito tão libertador! Enquanto tudo aquilo ardia e sentia-me a ficar mais leve, mais solta. E é disso mesmo que preciso, de me reencontrar e libertar desta pressão, desta imagem de que sou polivalente. 

Os ataques de panico voltaram, a ansiedade é constante e eu não sou de ferro...

A semana 7 chegou!

Avó Madalena, 08.02.16

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 Mais uma semana para continuar com as rotinas, os planos, os inventários e os declutter!. Agora gosto de inícios de semana: as folhas da agenda limpas, os planos, as oportunidades que podem surgir!

Em casa vamos dedicar o foco na cozinha (limpar e organizar), aproveitar para fazer inventário de loiças, têxteis e electrodomésticos.

Será uma semana atípica, com a 3ª feira de carnaval a marcar o compasso de um dia de férias a gozar: quero aproveitar as amigas, as conversas. 

Pretendo retomar (finalmente) a pesquisa para a tese (deixar fechado numa gaveta com desculpa esfarrapadas). 

Uma nova semana! Cheia de oportunidades e sonhos! Uma semana inteirinha para viver!

Se mudei nos últimos sim? Sim mudei, amadureci, cresci e apaixonei-me pela vida. Voltei a ter prazer em viver sem vergonha ou medo. 

Estou mais feliz e com mais disponibilidade para aproveitar essa felicidade. Apetece-me contar e dançar. Recuperar o tempo. Viver.

Tenho mais prazer nas coisas que faço. Sinto-me mais livre, mais independente e acima de tudo mais forte. Redescobri-me e isso é o melhor que pode acontecer. 

Afinal o velho ditado é verdadeiro: o que não te mata, torna-te mais forte!

 

O prazer de viver

Avó Madalena, 04.02.16

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Quando o coração está tranquilo tudo flui mais levemente. Até as tarefas domesticas são mais prazerosas

Ontem foi dia de lavar o fogão e eu fi-lo de sorriso na cara, no coração e na alma. Fi-lo com um prazer que já não me lembrava que fosse possível. E para tal não precisei de grandes energias ou forças. O passado está enterrado e eu sinto-me tranquila e livre para me apaixonar novamente.

Apaixonada pela vida, pelo trabalho, pelas limpezas e organizações e pela ilusão do unicórnio. Apaixonada por esta tranquilidade que me empurra para a organização e limpeza e me obriga a fazer um declutter na vida ao mesmo tempo que liberto as gavetas de tralhas.

Sinto-me tranquila, pronta para o que vier amanha, de braços abertos para a vida nova que terei, sinto que esta nova viragem veio para melhor, para muito melhor. 

A etapa e tarefa que tinha terminou e agora é tempo de uma nova etapa, novos sonhos, novos objectivos, novos amores.

Na minha nova etapa vão apenas as coisas que amo, as tralhas sentimentais e decorativas ficam para trás e eu não choro pelo que deixo ficar, choro e rio pelo que tive e vivi e que me ensinou a ser o que sou. Tanto sofrimento fez me crescer e amadurecer de tal modo que o próximo amor será pautado de uma outra tranquilidade, com outros passos, outros erros. Será com certeza uma relação mais ponderada longe das loucuras dos 22 anos.

Agora, aos 36 anos, mais madura, mais vivida, mais sofrida, ainda acredito num amor para sempre, num unicórnio que me complete. E eu estou melhor preparada para o receber, para o retribuir. E se ele não vier, é porque não teve de ser e para isso mesmo existem os unicórnios, para colmatar essas lacunas do destino.

Nesta fase, sinto-me abençoada e liberta, sei agora, que o melhor está para vir e que a situação em que me encontrava não permitia que eu evoluísse como ser humano, como luz. Agora estou preparada e consciente para deixar tudo o que vier.

Arrumo ao casa e arrumo a vida. Organizo sentimentos e gavetas e sinto-me feliz!