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Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

O executor - Kepler

Avó Madalena, 17.08.15

Esta semana a leitura cá de casa foi do livro "O executor" da dupla Kepler.

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Este é o 3º livro que leio dos autores, depois de me ter apaixonada perdidamente pela Vidente!.

Um livro (aliás autor(es) que aconselho vivamente a quem gosta de thillers apaixonantes, desafiantes e viciantes. Ler Kepler é deixar-me envolver pelas mística de cada história de ficar com falta de ar nas últimas páginas dos livros ou de cabelo no ar com as reviravoltas des personagens.

Impossível não gostar!

Sinopse: Uma mulher que aparece morta num barco, seguido de um suicídio do director-geral de Armamento e Infraestruturas de Defesa da Suécia. Aparentemente dois casos isolados, mas estarão mesmo?
Joona Lina sabe que na sua profissão não se pode deixar enganar pelas aparências e que um presumível suicídio não é razão suficiente para fechar o caso. 
Joona Lina mergulhará numa investigação que o conduzirá, através de uma vertiginosa sucessão de acontecimentos, a uma descoberta diabólica.

 Existem pactos que nem mesmo a morte pode quebrar...

Arrume a sua casa Arrume a sua vida

Avó Madalena, 07.08.15

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A minha procura de novos métodos de organização não param. Tento melhorar e perceber que a confusão que vai na minha casa é reflexo da confusão que vai na minha cabeça.

Marie Kondo é especialista em arrumação com o seu "método mágico".

As dicas que apresenta chocam com a maioria das leituras que fiz até hoje. Para Marie deve ser feita uma arrumação profunda e não declutter de 1 peça de cada vez, além de desmotivador, demora imenso tempo (num ano só descartaríamos 365 artigos).

"Quando uma sala fica atufada, a causa é mais do que física. A confusão visível ajuda a distrair-nos da verdadeira fonte de desarrumação"

Esta frase quase mágica traduz o meu estado actual... com a depressão a casa virou um caos e a necessidade de acumular coisas também. Custa-me desfazer de roupas, livros, fotografias...mas vamos com calma que tudo se ultrapassará! Será o apego ao passado um reflexo do medo do futuro?

 Algumas ideias do livro: 

1 - Organizar por categorias e não por divisões da casa: consiste em agrupar as peças pelas categorias (roupas de cama, roupas de wc).

Por exemplo, eu tenho os meus lençóis no meu quarto e os do quarto do M, no quarto dele; as toalhas do wc de serviço estão no wc de serviço e as de banho estão na casa de banho grande - tenho portanto 2 espaços em casa com as mesmas coisas! Tudo junto mostra a dimensão exagerada da quantidade de toalhas e lençóis que possuo...

 

2 - Deitar fora antes de arrumar: se já separou algumas coisas deite fora: já - deitar fora de imediato impede que mudemos de ideias ou pior, que tenhamos de arrumar em algum lugar até podermos deitar fora (ou doar). Perceba o que pretende com a arrumação, qual o objectivo, o motivo que faz querer viver de outro modo, mais arrumado

Uma ajuda para descartar objectos é perceber se nos trazem alegria, se sim, podem ficar, se não.. qual a duvida? Fora!

 

3 - Atribua a cada coisa um lugar. Se as arrumar sempre no mesmo sitio todos saberão onde procurar e deixam de se espalhar pela casa como se fossem vírus. 

"O verdadeiro problema é quando temos mais do que precisamos ou queremos"

E eu tenho muito mais do que preciso em alguns itens: lençóis, toalhas, panos de cozinha (que merecem o lixo num saco preto e refundido), copos, canecas e toneladas de revistas que estava a guardar para um dia fazer uma feira de velharias (já passaram 3 anos e ainda não participei em  nenhuma)

 

"O segredo para manter um espaço organizado é procurar simplicidade máxima, de modo a poder perceber com um olhar rápido o que temos"

 E lá em casa temos uma gaveta cheia de carregadores de telemóveis, cabos que nem sei para que servem, DVD's que ninguém vê. tentei organizar os cabos em separadores o que na realidade deu uma visão linda e maravilhosa da minha gaveta, mas acontece que está cheia de carregadores de telemóveis que já não temos, de comandos universais que não serão usados. Está "visualmente organizado", mas atufado de tralha. (Acabei de me lembrar da minha "colecção" de relógios de bolso que andam soltos numa gaveta à espera que eu faça um quadro com eles....)

 

4 - Arrumar as coisas na vertical (desde roupas a livros). Experimentei no escritório, coloquei tudo o que dava na vertical e fiquei com as prateleiras mais livres de tal modo que quando entro parece que fomos assaltados. 

 

5 - Usar correctamente armários embutidos: parte de cima a roupa de outra estação e a  roupa de cama, no fundo as malas, mochilas.

 

6 - Apreciar as  coisas, estima-las, agradeçer a alegria que lhe dão, aprecie-as (eu tenho por hábito falar com a minha carrinha enquanto conduzo e agradeço não me deixar apeada, quando tem pouco gasóleo peço-lhe para chegar à bomba com jeitinho). Preciso muito dela e agradeço o esforço que a bichinha faz para subir ladeiras, mais, fico chateada quando ouço o marido dizer que ela anda pouco ou que está velha), também falo com as minhas plantas e faço questão que todas as orquídeas fiquem juntas à janela, porque sei que são bisbilhoteiras e são mais felizes à janela

"A organização do espaço é o ato sagrado de escolher uma casa para as coisas que possuímos"

 

 

7 - Uma casa organizada e apenas com artigos que gostamos fica mais arrumada: tem menos tralha para limpar, acumula menos pó, a sujidade vê-se mais facilmente logo limpamos mais e mais vezes. 

 

Um livro muito interessante, com ideias originais e bastante práticas que espero sinceramente colocar em prática.

Se a minha casa exemplifica a minha mente, então estou um caco mas tenho o poder de alterar isso mesmo

 

Um erro inocente

Avó Madalena, 31.07.15

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 Livro: Um erro inocente

Autora: Dorothy Koomson

Sinopse: Durante a adolescência, Poppy Carlisle e Serena Gorringe foram as únicas testemunhas de um trágico acontecimento. Entre aceso debate público, as duas  adolescentes viram-se a braços com os tribunais e foram apelidadas pela imprensa de "As Meninas do Gelado".
Anos mais tarde, tendo seguido percursos de vida muito diferentes, Poppy está decidida a trazer ao de cima a verdade sobre o que realmente sucedeu, enquanto Serena, esposa e mãe de dois filhos, não pretende que ninguém do presente desvende o seu passado. Mas é impossível enterrar alguns segredos - e se o seu for revelado, a vida de ambas voltará a transformar-se num inferno...

Opinião: Uma leitura muito interessante pelo como como as duas personagens vão desvendando a sua história ao longo do livro.

Uma história de amor, terror, culpa e medo. Um a história perturbada que nos leva a pensar se conhecemos mesmo aqueles que amamos e até que ponto estaremos dispostos a ir por amor e pela protecção dos que amamos.

Fiquei um pouco chocada com o final, com uma angustia no peito pela Poppy e uma raiva contida pelo seu sofrimento.

 

 

Gourmet em casa

Avó Madalena, 15.06.14

Sempre achei que a forma como organizo a casa ou alimento a minha família e amigos é uma forma de demonstrar o amor e carinho por eles. Embora tenha optado por uma cozinha vegetariana para mim, a minha família não aderiu e eu sofro (em silêncio) cada vez que preparo refeições de carne ou peixe para eles. Obviamente que vou introduzindo mais legumes na alimentação deles e algumas vezes consigo fazer pratos que satisfaçam os 3. 

O facto de me ter mudado para o Algarve há alguns anos deu-me a conhecer novos paladares, novas culturas e outros pratos típicos de zona. Quando recebo amigos não algarvios gosto de os presentear com comida algarvia e quando recebo algarvios gosto de os presentear com comida da beira litoral - a identidade do povo passa pelo conhecimento e partilha da nossa cultural e eu considero importante dar a conhecer as minhas raizes, evitar que o meu filho as desconheça, mas ao mesmo tempo que alargue o seu leque gastronómico e cultural

Na mesma linha de pensamento, Mafalda Rodrigues de Almeida (nutricionista e apaixonada pela cozinha, fez em Londres um Mestrado sobre Políticas Alimentares que lhe permitiu perceber como funciona a cadeia alimentar, desde a produção ao consumidor e a importância que cada uma dessas etapas tem na qualidade do produto final e consequente influência na saúde das populações. Essa experiência permitiu-lhe escrever um livro, inspirado na tradicional cozinha portuguesa, que traz um conjunto de receitas económicas, práticas e saudáveis... receitas do dia-a-dia para qualquer leitor! O livro inclui deliciosas receitas com legumes, carnes e peixes e temperos tipicamente portugueses, com várias dicas essenciais e úteis na preservação e confecção dos alimentos - o livro Gourmet em Casa é o culminar dessa paixão.

A Bárbara Cardoso do blog http://arcoirisnacozinha.blogspot.pt/ teve recentemente 12000 seguidores e decidi premiar um fã do blog e oferecer o livro.

Gostava imenso que me sai-se, uma vez que veria ao encontro do que procuro, comida fácil, rápida, cultural, com identidade

Que a sorte esteja comigo :)