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Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

Mai(o) the force be with you!!!

Avó Madalena, 01.05.20

Maio chegou lindo, quente, abençoado!

Sempre gostei deste mês: começa com um feriado, passa pelo Dia da Mãe e o meu aniversário!

Sim, eu adoro o dia do meu aniversário! Adoro que me cantem os parabéns, adoro os abraços, os jantares, o bolo, a companhia! O ano passado a festa foi fabulosa: 40 anos não se fazem todos os dias!! Juntei cá em casa quase 20 mulheres maravilhosas que tenho a sorte de a vida me ter trazido.

Este ano será só com o herdeiro, mas eu sei quem está comigo sempre, não fisicamente, mas sempre comigo.

A próxima semana será de reflexão pessoal, tal como eu gosto. Faço um balanço, reescrevo objectivos, e este ano agradecerei pelo que já conquistei. Este ano foi um bom ano! E o que virá também o será!

Durante a semana passada tive oportunidade de fazer um curso com a Thaís Godinho, do blog https://vidaorganizada.com/, por isso vou começar Maio e a entrada das 41 voltas ao sol com a reflexão na minha roda da vida.

Onde estou? Onde quero estar? Onde vou focar? O que me satisfaz mais? 

roda-da-vida.jpg

Neste isolamento aprendi que "se não podes olhar para fora, olha para dentro!", para dentro de ti, mergulha no teu ser, perdoa-te, ama-te e vai sem medos.

Algo me diz que os 41 serão ainda melhores que os 40!

35 dias em reconhecimento

Avó Madalena, 17.04.20

As rotinas do isolamento social estão em andamento.

olharpdentro.jpg

Acordo cedo (mas mais tarde do que o "normal), trato da higiene pessoal, faço a cama, visto-me e calço-me como se fosse sair,  leio ou vejo as redes sociais e às 9h em ponto estou à secretaria, pronta para o teletrabalho.

Ás 17h, desligo computador e trato das atividades da casa, do jantar, assisto a um curso de PLN (Programação Neuro Linguística), janto, arrumo a cozinha e às 21h a Internet é desligada. Ainda vejo um bocado de televisão, mas às 22h vou para cama e ainda leio umas páginas de um qualquer livro que esteja na mesa de cabeceira.

Sinto-me bem, só fico ansiosa quando tenho de sair, mas como só o faço 1 vez por semana já vou controlando melhor.

Dentro do possível, já estabeleci uma normalidade. Faço coisas que tinha vindo a adiar - por exemplo pão... das 3 vezes que fiz esqueci-me de colocar sal, mas não vou desistir de fazer um bom pão perfeito... A vida têm-me ensinado que os erros fazem parte, que feito é melhor do que perfeito!

A perfeição sempre provocou em mim um medo.... medo de não ficar como quero, medo de não falhar... muitas vezes acabei por não fazer coisas porque achava que ainda não estava preparada, que não era a altura certa... a verdade é que a altura certa é agora! Já perdi tempo demais e não vou perder mais à espera que o momento certo chegue.

Sim, confesso que o isolamento está a fazer-me olhar mais para dentro, a reconhecer em mim coisas que não sabia.

A vida deu-me limões e eu fiz uma limonada!

Tenho o sonho de ir para a Índia, fazer um retiro espiritual, meditação, reconhecimento... estou a "aproveitar" este tempo em casa para testar essa resiliência, essa vontade de estar comigo mesma. Não fui ao ashram, trouxe o ashram até mim!