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Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

Casa d'avó Madalena

Casa de uma matrafona que mora na Aldêa, passa o dia assentada no pial a dizer patochadas

Under Pressure

Avó Madalena, 15.02.16

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 Esta casa anda um caos nos últimos tempos: o trabalho no condomínio que me stressa, com o medo de me enganar nos mapas e nas contas, a tese que chegou a um beco sem saída e não se escreve sozinha, a casa que não se vende, o divórcio que não sai, o ordenado que chega a conta gotas.... estou no limite das minhas forças e daqui a nada isto explode.

Tento organizar-me mas não consigo, só me apetece dormir, desligar o telemóvel e mandar tudo para as urtigas. Preciso estabelecer as minhas prioridades e trabalhar aquelas em relação a elas:

- a minha sanidade mental

- a segurança do meu mini

- o trabalho bem feito e com o mínimo de falhas possíveis (a semana passada esqueci pagar a luz e ficamos sem electricidade nos elevadores)

- retomar ou desistir da tese de uma vez por todas (já perdi novamente o entusiasmo pelas temáticas que escolhi)

Todo o resto será eliminado... custa, mas já não consigo contribuir de forma positiva aos compromissos que tenho e alguma coisa terá de ser delegada e deixada para trás para não me prejudicar nem a mim nem ao trabalho dos outros. Pondero mesmo deixar os part time para trás (preciso do dinheiro, mas o meu cérebro precisa de descanso). 

Dar este passo é assumir uma derrota... admitir que não sou capaz de fazer determinadas tarefas... mas antes sair do barco agora do que afunda-lo comigo.

As únicas coisas que me têm "acalmado" tem sido o crochet e o declutter. Nunca pensei que queimar papel e passado tivesse um efeito tão libertador! Enquanto tudo aquilo ardia e sentia-me a ficar mais leve, mais solta. E é disso mesmo que preciso, de me reencontrar e libertar desta pressão, desta imagem de que sou polivalente. 

Os ataques de panico voltaram, a ansiedade é constante e eu não sou de ferro...